sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Materiais e Técnicas

Aguarela

A aguarela é fabricada a partir de pigmentos moídos em pó, misturados com goma arábica. Em tempos também se misturaram outros aditivos a estes, como glicerina, mel e outras substâncias para aumentar a transparência e retardar a secagem. A aguarela caracteriza-se pela transparência das suas cores. As tintas existem à venda em estado sólido (pastilhas), pastoso (tubos) e líquido (frascos). Em qualquer dos casos usa-se a água como solvente até se obter o tom pretendido.

Na aguarela colocam-se primeiro as cores claras e depois as escuras. Usam-se basicamente duas técnicas que consistem no seguinte:
-sobreposição de camadas de tinta sobre papel seco, deixando secar cada camada que se aplica antes de pôr a seguinte, obtendo sucessivamente tons mais escuros.
- aplicação da aguarela sobre papel previamente humedecido (com uma esponja, por exemplo), permitindo a livre expansão desta na superfície do papel e mistura das cores no momento em que se deposita a tinta (lavis).
Pode-se ainda trabalhar com materiais que isolem previamente zonas do papel, como por exemplo pastéis de óleo ou borracha líquida e depois aplicar a aguarela...

Os papéis de aguarela são encorpados, texturados e/ou granulados e existem à venda numa grande variedade. De extrema importância é a escolha correcta dos pincéis a utilizar, que também existem em grande variedade quer em qualidade quer em forma. Os bons pincéis, bem como as boas cores são caros... Os melhores são os de pelo de cauda de marta vermelha ou um seu substituto sintético,

Embora a aguarela seja principalmente uma técnica de pintura é também usada para desenhar e ilustrar ou trabalhar em conjunto com materiais variados de desenho.

A aguarela é uma técnica de grande dificuldade e que exige uma aprendizagem demorada por forma a conseguir resultados de qualidade.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Materiais e Técnicas

Lápis de cor

Lápis de cor - É um material relativamente recente. São feitos a partir de uma mistura de talco e substâncias corantes. Encontram-se à venda em caixas com enorme variedade cromática, ou avulso.

Existem lápis de durezas diferentes, e de três tipos principais: os de mina grossa e relativamente macia, resistentes à luz e água e não precisam de fixador. Os de mina mais fina e mais dura, são usados para desenhos com muito detalhe, também resistentes à água. Os lápis com minas solúveis em água (aguareláveis) permitem um trabalho misto de desenho e aguarela.

A boa qualidade de um lápis de cor é fundamental para o êxito de um trabalho. Bem utilizados podem produzir trabalhos notáveis. Vivem sobretudo das misturas e sobreposições de cores que valorizam o cromatismo.

Uma boa maneira de iniciar o estudo deste material é fazer experiências de cores com cada lápis isoladamente, de modo a obter manchas com diferentes intensidades. Experiências de sobreposições cromáticas devem também ser experimentadas. Neste processo nunca se deve carregar demasiado com os lápis, devendo-se antes ensaiar a insistência do lapisar no mesmo local, sem nunca sulcar. Experiências de cruzamento de traços de forma a obter manchas e misturas homogéneas são também importantes.

Estudo da figura humana (Mãos, Pés)











Materiais e Técnicas

Tinta da china

A tinta da china veio efectivamente da China. Tem uma tradição de vários séculos na caligrafia e pintura chinesa e japonesa. Originalmente era fabricada a partir de óleos vegetais carbonizados. É muito negra, tem grande poder de cobertura e quando seca é indelével. Existe líquida ou em bonitos lingotes, moldados com baixos relevos, que se diluem em água (de preferência destilada). Encontra-se à venda outra modalidade, em pequenos tubos ou frascos com um bico que permite depositá-la em aparos, tira-linhas e canetas estilográficas.

É um óptimo material de desenho técnico e artístico, usando-se pura ou diluída em água, com canetas variadas, penas, aparos e pincéis (neste caso o ideal serão pincéis de aguarela).

Uma outra espécie de tinta negra, é feita há vários séculos na Europa a partir de fuligem de caroços de cereja misturados com uma solução de goma arábica. Os artistas italianos foram os seus grandes utilizadores.

Existem ainda outras tintas semelhantes, que foram usadas na Europa por muitos artistas, como a tinta feita a partir de fuligem de madeira misturada com pigmentos de origem mineral.

Por último pode-se referir também como tinta bastante usada no desenho por artistas europeus, o indigo, que é uma tinta feita a partir de um corante azul extraído das folhas de uma árvore que cresce nas zonas quentes do globo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Materiais e técnicas

Sanguínea

É uma espécie de "giz vermelho", mistura de caulino e hematite e tem um tom castanho-avermelhado escuro, semelhante à terracota e existe numa só dureza.

Conhecida desde o paleolítico, a sanguínea começa a ser usada com profusão por volta de 1500. É na Renascença e Barroco que artistas como Leonardo da Vinci, Rafael e Rubens usam a sanguínea de uma forma notável. Os efeitos de "sufmato" que empregaram são admiráveis. Os artistas italianos usaram imenso a sanguínea, quer isoladamente, quer combinada com outros materiais. A sua cor quente e suave será talvez a razão para ter sido empregue no desenho de representação do corpo humano através da história. O uso combinado da sanguínea, pedra negra e uma espécie de giz branco, foi no séc. XVI usada abundantemente, sobretudo para o retrato. A sanguínea, tal como o carvão e o pastel seco, deve ser fixada, embora neste caso apenas com uma camada suave de fixador apropriado, porque normalmente escurece e perde a luminosidade inicial.